quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Clinicamente a doença de Alzheimer caracteriza-se por alterações da memória e de outras funções cognitivas; manifestações psiquiátricas como a depressão, ansiedade, psicose e alterações do comportamento (Santana, 2005), constituindo elementos de diagnóstico.

O Rastreio de Demência é um primeiro momento de Observação e  Avaliação geral das funções cognitivas, aplicação de questionário relativo à história das alterações cognitivas, comportamentais e sociais e/ou profissionais e, por fim, a avaliação funcional da Pessoa. Estes dados não permitem o diagnóstico categórico de Demência, contudo, fornecem a informação necessária para a concluir se estamos perante um provável síndrome demencial ou não. Caso o resultado seja afirmativo deve ser efetuada uma avaliação neuropsicológica das funções cognitivas, assim como a Pessoa pode ser encaminhada para o médico assistente, no sentido de serem efetuados exames complementares de diagnóstico.
  

Os exames complementares de diagnóstico permitem uma ajuda importante na verificação de ausência de sinais neurológicos focais, assim como o estudo laboratorial permite excluir outras causas de demência e o estudo neuropsicológico determina o compromisso da memória e de outras funções cognitivas.
Sabe-se que o diagnóstico definitivo obtém-se apenas através do estudo neuropatológico, verificando-se alterações a nível da atrofia cerebral (parieto-temporal), e de marcadores histológicos (morte neuronal selectiva, tranças neurofibrilhares e placas senis).

Outras questões diagnósticas são colocadas, como é o caso das alterações existentes no envelhecimento normal versus patológico e défice cognitivo ligeiro na relação com a doença de Alzheimer.
Parece existir alguma controvérsia se a doença de Alzheimer e o envelhecimento devem ser considerados um “continuum” neuropatológico ou distinto.  Sendo o envelhecimento um processo múltiplo, heterogéneo e gradual, a verdade é que implica alterações das capacidades cognitivas, podendo a doença de Alzheimer não ser uma consequência inevitável do envelhecimento (Ribeiro & Guerreiro, 2002).
O facto da doença de Alzheimer ter um perfil gradual, permite que vários autores defendam que existe um estado intermédio entre o envelhecimento saudável e a demência tipo Alzheimer, é o chamado défice cognitivo ligeiro (D.C.L.)

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